banner-site-fisio-pelvica-salutaire-2
banner-palestras-monica-salutaire
youtube-site-salutaire-2021 (1)
canal-youtube-banner-site-salutaire-francisco-2

INCONTINÊNCIA FECAL

O que é a incontinência fecal?

A incontinência fecal caracteriza-se pela incapacidade de controlar os gases ou as fezes (líquidas ou sólidas). Trata-se de um problema relativamente comum, mas pouco referido, devido ao pudor do doente. É uma situação que se agrava com a idade, podendo variar de perdas ligeiras de gases a perdas severas de fezes líquidas ou formadas.

 

O que causa a incontinência?

Existem muitas causas, traumáticas, neurológicas, congénitas. As lacerações dos músculos que rodeiam o ânus (esfíncteres anais) durante o parto são das mais frequentes. Partos prolongados podem, também, provocar lesões dos nervos que estimulam os esfíncteres. Enquanto algumas lesões são imediatamente reconhecidas e tratadas, outras só se manifestam muitos anos depois, já na velhice. Por vezes, a incontinência pode ser devida a acidentes graves ou a operações sobre a região anal, com lesão dos esfíncteres. As infecções que ocorrem nesta área podem, igualmente, levar à incontinência fecal. O mesmo sucede com o envelhecimento, em que existe uma diminuição da força contráctil esfincteriana. Nalguns doentes, a diarreia pode provocar uma necessidade imperiosa de defecar, incapaz de ser controlada pelos músculos anais.

 

Como determinar a causa da incontinência fecal?

Uma história clínica cuidadosa começará por esclarecer a causa mais provável: partos múltiplos, prolongados, com fórceps, com o nascimento de bebés grandes e pesados, com o recurso a uma episiotomia (corte), lesões traumáticas anteriores (cirurgias anais, acidente de viação ou outros), má-formações ano-rectais congénitas, determinadas doenças ou medicações. Segue-se a realização de um exame da região ano-rectal, que deverá ser complementado por outros exames de diagnóstico: manometria ano-rectal (estudo das pressões dos esfíncteres) e ecografia endo-rectal (avaliação imagiológica da integridade ou não da musculatura anal). Nalguns casos, por outro tipo de teste, será necessário saber se a inervação dos esfíncteres está a funcionar de adequadamente.

 

Como tratar a incontinência fecal?

Os problemas ligeiros podem ser tratados de uma forma simples com o recurso a drogas obstipantes e com a mudança dos hábitos alimentares. Noutras situações, poderão estar indicados exercícios para fortalecimento dos músculos desta área através da electro-estimulação ou pela realização de “biofeedback” (em que o doente re-aprende a defecar e controlar as fezes, além de fortalecimento os esfíncteres anais). Nos casos mais graves o tratamento é cirúrgico através da reparação esfincteriana. Felizmente, existem hoje em dia alternativas à colostomia (“ânus artificial”) para as situações de incontinência severa, em que a reparação local não teve sucesso ou não tinha indicação. Trata-se da estimulação neuro-sagrada ou da colocação de neo-esfincteres (artificiais ou outros). É importante que o doente com incontinência fecal saiba que dispõe actualmente de possibilidades terapêuticas que lhe devolvem a qualidade de vida perdida.

Fonte: http://www.proctos.pt/Tratamentos/Incontin%C3%AAnciafecal/tabid/85/Default.aspx