O câncer da próstata é o segundo tumor mais comum nos homens e estima-se que um em cada seis homens vão desenvolver o câncer de próstata em algum momento de sua vida.
O tratamento principal dessa terrível doença é a retirada cirúrgica completa da próstata, chamada de prostatectomia radical, que pode ser feita de forma tradicional, ou seja, cirurgia aberta, ou as mais modernas técnicas laparoscópica ou robótica.
Embora as duas últimas técnicas evidenciem uma recuperação mais rápida, menor desconforto e sangramento, ainda não demonstraram superioridade significativa para evitar as duas principais complicações: Incontinência Urinária e a Disfunção Erétil (“Impotência Sexual”).
A Disfunção Erétil decorre das lesões definitivas ou temporárias, totais ou parciais dos nervos cavernosos, responsáveis pela ereção peniana.
Esse dano neurológico promove uma perda da resposta erétil, que como disse, pode ser temporária e alguns recuperarão em até dois anos. Entretanto, a ausência de ereção plena resulta em uma deterioração progressiva do tecido cavernoso (responsável pela ereção) e pacientes poderão evoluir para disfunção erétil definitiva e o encurtamento peniano.
O uso de medicações orais, facilitadores da ereção, tipo Sildenafila (Viagra®), Tadalafila (Cialis®) podem auxiliar na recuperação desta qualidade erétil, porém não existem estudos científicos robustos que confirmem tal resposta, principalmente com as dosagens atualmente utilizadas.
Daí a importância de um programa de reabilitação peniana. O termo reabilitação talvez não seja o mais apropriado, porém é o que melhor se encaixa nessa situação.
Estudos demonstram que manter o estado erétil melhora a oxigenação do tecido peniano, reduzindo as complicações e futuro encurtamento do pênis.
Esta terapia pode ser feita com auxílio de fisioterapia pélvica que lançará mão de recursos como a vacuoterapia e extensores penianos, entretanto, embora melhore a resposta futura, não resolve o problema momentâneo do paciente que não consegue ter uma ereção peniana suficientemente rígida para um intercurso sexual penetrativo satisfatório.
Com a finalidade de auxiliar na recuperação progressiva da ereção espontânea e promover uma ereção rígida e satisfatória, existe a terapia local injetável também chamada de FIC (farmacoterapia intracavernosa).
Esta terapia consiste na aplicação de medicações diretamente no corpo cavernoso do pênis através de pequena agulha, de forma praticamente indolor, cerca de 5 minutos antes da relação sexual e que garantirá ao homem uma ereção de qualidade e duração satisfatórias para uma relação sexual penetrativa.
As taxas de resposta deste tratamento são maravilhosas, cerca de 90% de sucesso. Os efeitos adversos como: desconforto, fibrose e ereção prolongada são praticamente inexistentes se o profissional atentar para as devidas recomendações do uso.
Infelizmente, este tratamento tem sido inexplicavelmente pouco indicado por muitos médicos, provavelmente pela necessidade de uma maior frequência de visitas médicas para treinamento adequado da terapia e titulação da dose.
Se tiver interesse sobre esta maravilhosa “Flechada do Cupido”, agende uma consulta na Salutaire.